As gravações foram feitas pelos próprios jogadores, incomodados com o tom de conversas anteriores.
A cúpula do clube tem ainda prints de conversas de Rodrigues com comentários sobre o corpo dos atletas.
Em nota enviada à reportagem, a assessoria de imprensa de Bruno Rodrigues, alinhada com os advogados de defesa, admite que é a voz dele nos áudios, mas nega “qualquer tipo de assédio”.
A defesa considera “inapropriada e inadequada a conversa ocorrida entre os envolvidos e afirma que vai buscar garantir que ela não seja tirada de contexto para que não haja utilização do episódio para fins diversos”.
O departamento jurídico do clube chamou Rodrigues para desligá-lo na última quinta-feira, mesmo dia que recebeu a denúncia e antes de concluir a investigação interna.
Quando o ex-gerente foi informado sobre o tema na reunião com o jurídico, se antecipou e pediu demissão.
A saída do profissional levou a direção do Corinthians a considerar o assunto encerrado internamente. Nenhuma outra ação será tomada, segundo o clube.
O Corinthians informou que se compromete a prestar assistência às supostas vítimas, de psicológica a jurídica.
Contratado no segundo semestre do ano passado, Rodrigues é filho do ex-jogador Ricardinho, ídolo do Corinthians, pentacampeão mundial com a seleção brasileira e hoje comentarista da TV Globo
Ele trabalhou anteriormente em outros três clubes: Paraná, Portuguesa e Vasco.
A reportagem apurou que não foram feitas reclamações similares contra ele em nenhum desses times.