O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, declarou que não pretende afastar o superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas, mesmo após denúncias de assédio apresentadas por servidores da autarquia. A decisão contraria vereadores da capital, que pedem medidas imediatas diante da gravidade das acusações. Segundo Bocalom, é preciso aguardar as investigações, pois acredita, a princípio, na inocência do gestor e critica o que considera uma “condenação antecipada” baseada em denúncias.
As acusações contra Clendes chegaram inicialmente à Câmara Municipal por meio de um documento anônimo encaminhado aos vereadores Eber Machado (MDB) e André Kamai. Posteriormente, servidores e ex-servidores compareceram ao Legislativo para formalizar relatos, pedindo o afastamento do superintendente. O Ministério Público do Acre (MPAC) já ouviu duas pessoas e deverá colher novos depoimentos, com o acompanhamento do Centro de Atendimento à Vítima (CAV), que se mantém disponível para receber outras denúncias.
Bocalom ressaltou que as apurações estão sendo conduzidas pela Controladoria-Geral do Município e pelo MPAC, e que qualquer decisão será tomada apenas após a conclusão das investigações. O prefeito afirmou que, caso seja comprovada a culpa, não haverá condições de Clendes permanecer no cargo, mas defendeu que é necessário preservar a reputação das pessoas até que haja provas concretas.