Agentes penitenciários temporários do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira, 18, em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). A manifestação foi motivada pela ausência total de representantes do governo estadual em uma reunião agendada para debater a situação contratual dos servidores, que temem o desemprego iminente após anos de serviço. A falta de diálogo foi vista pelos trabalhadores como um sinal de “descado” e “distrato” por parte do poder público.
O encontro, que havia sido convocado pelo deputado Afonso Fernandes (Solidariedade), contava com a presença esperada de membros da Casa Civil, da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e das secretarias de Planejamento e Administração, além do presidente do Iapen, mas nenhuma autoridade compareceu. Os agentes, alguns com até nove anos de serviço através de contratos temporários renovados, expressaram um profundo sentimento de abandono e manipulação política, destacando que arriscaram suas vidas em momentos críticos do sistema prisional e agora enfrentam a incerteza.
Diante do impasse, os servidores pedem uma transição justa e o reaproveitamento em outras áreas do Estado, ressaltando a experiência que adquiriram no combate direto ao crime organizado. Eles afirmam que não desejam tomar as vagas de futuros concursados, mas buscam um reconhecimento pelo trabalho prestado. Sem qualquer manifestação oficial sobre rescisão ou realocação, os agentes cobram um posicionamento claro do governo para que possam ter um horizonte definido sobre seu futuro profissional.
