A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) aprovou, na tarde desta terça-feira (21), dois pedidos de operações de crédito para o governo estadual, totalizando até R$ 280 milhões. O montante será dividido entre R$ 250 milhões captados junto ao BNDES e R$ 30 milhões junto à Caixa Econômica Federal. Devido à atual nota ‘C’ do Acre perante o Tesouro Nacional, o estado não pode usar a União como garantia, recorrendo assim ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) para assegurar as operações financeiras.
As propostas foram aprovadas no plenário por 16 votos a favor e 2 contrários, após passarem pelas comissões conjuntas com placar de 8 a 1. A oposição, representada pelos deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Emerson Jarude (Novo), votou contra. Magalhães classificou a situação financeira do estado como “temerosa”, citando a queda na arrecadação e sugerindo que os recursos de créditos de carbono poderiam ser utilizados. Jarude levantou suspeitas de que parte do dinheiro possa ser usada em campanhas políticas para 2026, questionando a necessidade do empréstimo.
A base governista defendeu a necessidade dos investimentos. O relator, Eduardo Ribeiro (PSD), justificou o rebaixamento da nota do estado pela redução do ICMS dos combustíveis, que diminuiu a arrecadação. O líder do governo, Manoel Manoel (PP), afirmou que os empréstimos são destinados a produtores rurais e ao desenvolvimento. Conforme os projetos, os R$ 250 milhões do BNDES serão investidos em áreas como desenvolvimento sustentável, turismo e eficiência energética, enquanto os R$ 30 milhões da Caixa (via FINISA) serão aplicados na transformação digital e infraestrutura tecnológica do estado.
