O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) do Acre projeta que o estado mudará sua classificação de “risco médio” para “risco alto” em relação à praga da mosca da carambola. A previsão baseia-se na recente decisão do Ministério da Agricultura, que declarou quarentena em três municípios do vizinho estado do Amazonas (Manaus, Itacoatiara e Rio Preto da Eva) após a detecção do inseto. A mudança oficial depende agora apenas da publicação federal.
Com a provável alteração de status, as exigências de monitoramento serão rigorosamente ampliadas. Atualmente, o protocolo de médio risco exige 40 armadilhas do tipo Jackson no estado; no cenário de alto risco, esse número subirá para 100. Contudo, a coordenação do programa de combate à praga informou que o Idaf já planejava essa expansão de forma preventiva, independentemente da determinação do ministério, visando antecipar-se à ameaça vinda da fronteira vizinha.
Para 2026, o planejamento inclui a intensificação das barreiras sanitárias e fiscalização do fluxo de frutos hospedeiros na divisa entre Acre e Amazonas. A praga, que afeta cerca de 30 tipos de frutas e possui alto potencial de prejuízo econômico, também motivou o governo federal a estabelecer uma ampla “Zona Tampão” abrangendo dezenas de municípios amazonenses, numa tentativa de conter o avanço do inseto que chegou ao Brasil em 1996.


