O mês de setembro de 2025 escancarou os extremos climáticos do Acre, com um recorde histórico de chuva em Brasileia e um déficit hídrico preocupante em Rio Branco. Enquanto a cidade do interior registrou a chuva mais intensa do ano no estado, com impressionantes 191,8 mm em apenas 24 horas, a capital amargou um volume de chuvas 15% abaixo da média histórica, mesmo com um número de dias chuvosos acima do normal. Este cenário de contrastes, apurado pelo site otempoaqui.com.br, marcou a transição do inverno para a primavera na região amazônica.
O evento extremo em Brasileia, ocorrido no dia 2 de setembro, foi o maior volume de chuva acumulado em 24 horas em todo o Acre durante o ano de 2025, superando a marca anterior de 175,0 mm em Assis Brasil. Segundo especialistas, a chuva torrencial foi provocada pela chegada de uma intensa frente fria polar. Em contrapartida, Rio Branco registrou apenas 78,8 mm de precipitação ao longo de todo o mês, caracterizada por chuvas fracas e distribuídas ao longo de 12 dias, cinco a mais que a média para o período.
Essa disparidade entre as regiões do estado reforça um padrão de instabilidade climática. Enquanto o dia mais chuvoso na capital, 29 de setembro, acumulou modestos 17,6 mm, o recorde de Brasileia se manteve como o principal evento meteorológico do ano no Acre. Outras cidades, como Porto Walter e Cruzeiro do Sul, também registraram chuvas pontuais e de baixo volume no final do mês, evidenciando a irregularidade da distribuição das chuvas no estado.