Um levantamento recente do Ministério da Previdência Social revelou que 18 fundos de pensão estaduais e municipais possuem, somados, R$ 1,86 bilhão aplicados no Banco Master, instituição que entrou em liquidação extrajudicial nesta semana. Diferentemente de estados como Rio de Janeiro, Amapá e Amazonas, que concentram os maiores volumes de recursos investidos, o Acre não consta na lista de entes federativos expostos ao risco financeiro da instituição.
De acordo com dados do Cadprev, sistema oficial de registros previdenciários, nenhum fundo estadual ou municipal do Acre realizou aplicações em letras financeiras do banco entre outubro de 2023 e dezembro de 2024. Essa ausência é considerada estratégica por especialistas, pois livra o estado de prejuízos imediatos, visto que esses investimentos de fundos de pensão não contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em casos de insolvência.
Enquanto entes de outras regiões enfrentam a incerteza sobre a recuperação de valores expressivos — como os R$ 970 milhões do Rio de Janeiro e R$ 400 milhões do Amapá —, as contas públicas e previdenciárias do Acre permanecem resguardadas. A liquidação do Banco Master foi decretada pelo Banco Central após constatação de insolvência, em um cenário que envolve ainda a prisão do banqueiro Daniel Vorcaro e investigações sobre fraudes financeiras.
