Na manhã desta quinta-feira (21), a Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) realizou uma sessão solene em homenagem ao Dia do Maçom. A solenidade aconteceu no plenário do Parlamento acreano e reuniu autoridades, parlamentares, representantes da maçonaria e convidados.
A homenagem é fruto do Requerimento nº 24/2025, de autoria do deputado estadual Pedro Longo (PDT), que destacou a importância da união das diferentes vertentes maçônicas no Brasil, ressaltando que o país se tornou referência internacional pela convivência harmoniosa entre o Grande Oriente do Brasil, as Grandes Lojas e a Comab. Segundo o parlamentar, esse espírito fraterno é admirado em outras nações onde há rivalidades entre potências maçônicas.
Foto: Sérgio Vale
O parlamentar também fez questão de registrar a forte ligação da maçonaria com a história do Acre, lembrando a atuação da instituição em momentos decisivos, como o movimento que garantiu a incorporação do território ao Brasil, a emancipação como Estado e a participação ativa em governos e parlamentos. “Ao longo do tempo, a maçonaria tem feito esse trabalho, de forma que poder propiciar o reconhecimento institucional, para mim, é motivo de orgulho”, declarou o deputado.
Publicidade
A cerimônia teve como objetivo valorizar o trabalho dos maçons acreanos, reconhecendo seu papel no fortalecimento da cidadania e na promoção de ações que beneficiam a coletividade. Durante a sessão, os presentes ressaltaram os princípios da maçonaria, como fraternidade, liberdade, igualdade e solidariedade, além das contribuições históricas da instituição no campo social, cultural e filantrópico.
Grão-mestre de honra lembra papel histórico da instituição e pede união entre potências maçônicas
Durante a solenidade, o grão-mestre de honra do Grande Oriente do Brasil/Acre, Osmir Lima, fez um discurso firme em defesa da atuação histórica e atual da maçonaria no Brasil. Ele relembrou que a instituição esteve presente em momentos cruciais, como a Independência, a Abolição da Escravidão e a Proclamação da República. “Aqui no Acre, o primeiro movimento autonomista foi iniciado dentro de uma loja maçônica, em 1910. Já naquela época se discutia a criação do Estado do Juruá, pois o governo federal violava a Constituição ao explorar o território acreano sem reconhecê-lo como tal”, destacou.
Osmir Lima também alertou para o momento delicado vivido pelo país, marcado por polarização política e crise econômica, e conclamou todas as potências maçônicas a se unirem para refletir sobre o futuro do Brasil. “Está na hora da maçonaria começar a discutir o que queremos para esta pátria, o que queremos deixar para nossos filhos, netos e bisnetos. Amo a maçonaria pelo que ela representa para o nosso país”, afirmou. Ele reforçou o valor da fraternidade entre os irmãos e disse que, em sua gestão como grão-mestre, buscou unir e fortalecer a instituição: “Dentro da maçonaria, nada nos separa”.
Grão-Mestre Júnior Damasceno destaca unidade da maçonaria e 52 anos da Grande Loja do Acre
Em seguida, o Grão-Mestre Júnior Damasceno ressaltou que a essência da maçonaria está na fraternidade e no compromisso social de seus integrantes. Segundo ele, a ordem é responsável por formar cidadãos mais conscientes, pais e irmãos melhores, sempre pautados pela união e solidariedade. Damasceno fez questão de homenagear os maçons mais antigos, que abriram caminhos para as novas gerações, e também destacou o papel das mulheres, jovens e organizações paramaçônicas que dão suporte e fortalecem a instituição.
O Grão-Mestre lembrou ainda que a data coincide com o aniversário de 52 anos de fundação da Grande Loja Maçônica do Estado do Acre, celebrando a trajetória histórica que teve início em 1906 com a criação da Loja Bandeirantes do Acre e outras quatro lojas pioneiras. Ele destacou que, ao longo desse percurso, diversos grão-mestres contribuíram para consolidar a maçonaria no Estado e reforçou a necessidade de que os maçons sejam cada vez mais participativos na vida política e social. “É hora da maçonaria assumir um papel mais efetivo diante dos desafios do país, não apenas dentro dos templos, mas também em defesa da responsabilidade social, do Estado e da nação”, afirmou.
Em suas considerações de encerramento, o deputado Pedro Longo reforçou que a maçonaria não deve se limitar a celebrar conquistas do passado, mas assumir o compromisso de conduzir a história no presente. Para ele, o grande desafio da atualidade é superar as divisões que marcam o país, defendendo a união em torno de princípios comuns e o fortalecimento da democracia. “A maçonaria tem papel essencial nesse processo, ao estimular a harmonia, o respeito às diferenças e a busca por um futuro mais justo para as próximas gerações”, concluiu.
Fotos: Sérgio Vale




















