O estado do Acre destacou-se negativamente em 2024 ao registrar uma das maiores taxas de roubos e furtos de celulares do Brasil. Foram 3.286 ocorrências, com uma taxa de 373,1 casos por 100 mil habitantes, colocando o estado entre os dez com maior incidência desses crimes no país. O dado é alarmante, especialmente considerando a redução nacional, e revela a vulnerabilidade da população local diante dos crimes patrimoniais, com destaque para os aparelhos celulares.
Em nível nacional, embora os números ainda sejam elevados, houve queda nos índices de roubo e furto de celulares em 2024, totalizando 374,7 mil e 476,1 mil casos, respectivamente. Essa diminuição segue a tendência de queda nos crimes contra o patrimônio, ao mesmo tempo em que cresce a incidência de crimes virtuais, como golpes e estelionatos, que ultrapassaram 2 milhões de registros — o maior número desde 2018.
A dinâmica dos crimes mostra padrões distintos entre roubo e furto: os roubos são mais frequentes nos dias úteis, principalmente entre 18h e 23h, e em vias públicas. Já os furtos predominam nos fins de semana, também com maior ocorrência em vias públicas e, em menor escala, em comércios, residências e transporte público. A redução nos registros pode estar relacionada a mudanças na forma de classificação dos crimes, como quando criminosos usam bicicletas ou motos, o que pode alterar a tipificação de roubo para furto, afetando as estatísticas.
