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Aluguel dispara e vira pesadelo: Preços sobem o dobro da inflação e pressionam brasileiros

A dificuldade para pagar o aluguel, imortalizada na ficção pelo personagem Seu Madruga, torna-se uma realidade cada vez mais dura para os brasileiros. Em agosto, o preço médio dos aluguéis residenciais voltou a acelerar, registrando uma alta de 0,66% e interrompendo um período de três meses de desaceleração, segundo o Índice FipeZap. O aumento, que atingiu 36 cidades do país, superou com folga os principais indicadores de inflação, como o IPCA (-0,11%) e o IGP-M (+0,36%), intensificando a pressão sobre o orçamento das famílias que não possuem casa própria.

O cenário de alta é generalizado e consistente. No acumulado do ano, o reajuste já chega a 6,83%, mais que o dobro da inflação oficial de 3,15% no mesmo período. A situação é ainda mais crítica na análise dos últimos 12 meses, com um avanço de 10,04%. Entre as capitais, 20 registraram aumento, com destaque para Vitória (+1,55%) e Recife (+1,37%). Com isso, o valor médio do metro quadrado no Brasil alcançou R$ 49,77, tendo São Paulo (R$ 61,69/m²) como a capital mais cara do país.

Especialistas alertam que a combinação entre a escassa oferta de imóveis nos grandes centros e uma demanda reprimida por moradia deve manter a tendência de alta até o final do ano. Diante deste quadro, associações de inquilinos reivindicam maior regulação dos reajustes, enquanto o governo estuda medidas para conter o avanço dos preços. Para quem vive de aluguel, a única certeza é a necessidade de um planejamento financeiro rigoroso para enfrentar um mercado que se mostra cada vez mais desafiador.

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