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sábado, 7 setembro 2024
quinta-feira, 22 agosto 2024
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Após perder título no circuito estadual, junina ‘Pega-Pega’ nega infração e promete levar resultado à Justiça

Após ter vencido o Concurso Estadual de Quadrilhas Juninas 2024 na madrugada de sábado (20) em Rio Branco, o grupo Pega-Pega perdeu o título de vencedora neste domingo (21). É que a então vice-campeã, Malucos na Roça, apresentou um recurso à banca organizadora, que deu parecer favorável à junina. Com isto, o resultado foi revisto e a Malucos na Roça ficou em 1º lugar no ranking.

Após a perda, o grupo contratou uma assessoria jurídica e disse ao g1 que pretende questionar o resultado à Justiça (veja nota completa abaixo).

A agora campeã, Malucos na Roça irá se apresentar no concurso nacional de Quadrilhas que ocorre em Brasília (DF), no próximo sábado (27). A vencedora, que ainda não se pronunciou sobre o caso, também recebe R$ 10 mil como premiação.

O caso

A comissão organizadora avaliou a situação e constatou a irregularidade, conforme parecer divulgado neste domingo (21). A informação foi confirmada ao g1 pela presidente da liga, Lene Santos.

De acordo com Cimar dos Santos, um dos coordenadores da Pega-Pega, o grupo foi denunciado por desfilar com integrante não identificado e sem devida inscrição, o que ele nega. Conforme o coordenador, a junina seguiu o regulamento, e não teve direito a defesa após o questionamento.

“Gostaríamos de manifestar nossa discordância com o parecer emitido. O documento em questão é mal fundamentado e não apresenta provas concretas. Não há evidências que comprovem que estávamos inadequadamente identificados, conforme o regulamento não estávamos e o processo está repleto de vícios”, disse ao g1.

Ainda segundo Santos, a junina espera que o parecer seja revertido e que o grupo volte a ser declarado campeão.

“Essa falta de comunicação formal e a maneira como fomos informados demonstram uma falha grave e a total falta de transparência no devido processo. Esperamos que haja uma revisão justa e transparente desta decisão, que leve em consideração todos os pontos levantados”, acrescentou.

Parecer

No documento, consta que a junina Malucos na Roça entrou com um primeiro recurso na sexta-feira (19), alegando que a Pega-Pega infringiu o artigo 14 do regulamento da competição. Isso porque um dos responsáveis por efeitos de pirotecnia participou da apresentação do grupo sem devida identificação.

Um parecer inicial foi emitido pela Liquajac, e negou a penalidade. Por isso, a Malucos na Roça entrou com um novo recurso e questionou o primeiro parecer por conta de suposto conflito de interesses de membros da comissão.

Ainda no documento, a Liquajac negou impedimentos à participação de tais integrantes da comissão, mas, após a liga pedir análise do setor jurídico da Fundação de Elias Mansour, mudou-se a decisão do parecer inicial e considerou que cabia a perda de um ponto por conta da participação irregular de um integrante. Segundo o novo parecer, todas as juninas envolvidas no caso foram ouvidas.

“Analisando os fatos no decorrer do processo, bem como, ouvindo as Quadrilhas Juninas em questão, esta Comissão Organizadora do 22° Concurso de Quadrilhas Juninas do Estado do Acre, com plenos poderes de decisão sobre este regulamento decidi, pelo DEREFIMENTO DO RECURSO. E reconhece a infração do Artigo 14 pela Junina Pega-Pega, decidindo assim, penalizar a referida quadrilha com a perca 1 (um) ponto no resultado final”, disse.

A presidente Lene Santos reforçou que a Pega-Pega foi ouvida durante a apuração pela comissão organizadora, e disse que ficou comprovada a infração. Porém, a gestora ressalta que, em caso de judicialização, eventuais decisões que revertam o resultado serão respeitadas pela liga.

“Eles foram ouvidos pela comissão. Existe uma comissão, publicada no Diário Oficial, que resolve todos os casos. Eles foram ouvidos e isso, a partir do momento que eles cometeram a infração, houve denúncias. Como não houve consenso na primeira instância, houve essa decisão diferente da inicial. A gente está esperando que dê alguma coisa. Até o presente momento, ainda não chegou nada judicialmente”, afirmou.

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