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Com ajuda de cão farejador, bombeiros do Acre fazem buscas por indígena de 63 anos que sumiu em mata

O indígena Tarcílio Kulina, de 63 anos, saiu da área onde estava acampado com parentes e amigos, às margens do Rio Purus, em Manoel Urbano, interior do Acre, na madrugada de domingo (21), entrou em uma mata e não foi mais visto desde então. Os familiares iniciaram as buscas na segunda-feira (22) e acionaram o Corpo de Bombeiros na terça (23).

Quatro bombeiros de Sena Madureira, cidade vizinha, percorrem um perímetro de três quilômetros, área rodeada pelo Rio Purus e por onde o idoso possa ter passado. Tarcílio Kulina mora em uma aldeia em Santa Rosa do Purus, município isolado do Acre, e teria saído da área onde estava dormindo reclamando de dor.

“Eles ficam acampados na beira do rio. Na madrugada de domingo disse que estava com uma dor e que não iria dormir ali. Disse que iria dormir na mata. Como não voltou, os próprios indígenas foram atrás dele. Deram falta dele, não acharam e acionaram a gente”, explicou o responsável pelas buscas, tenente Eduardo Santos Silva.

O tenente disse que 800 metros adiante da área, onde as buscas se concentram, ficam várias fazendas com acesso à BR-364. Umas das possibilidades estudadas é a de que o indígena possa ter passado por alguma dessas fazendas e pegado a rodovia.

“Fizemos um pente fino na região. Andamos na mata onde falaram que ele foi. É um lugar bom de andar, a gente consegue ouvir o barulho dos barcos, de motosserra. É uma área extensa, mas de muita movimentação, até mesmo dos indígenas, pescadores e fazendeiros”, destacou.

Ainda segundo o tenente, a probabilidade de o indígena ter se perdido é mínima. A equipe acredita que ele possa estar inconsciente ou até mesmo machucado. “Utilizamos um cão de resgate, andamos pela área, em alguns pontos é difícil de andar, mas não tem como dizer que os rastos que achamos é dele. Tem a possibilidade dele ter saído na BR, então, andamos por lá também”, complementou.

Um grupo de 30 indígenas também está empenhado nas buscas. O bombeiro falou que a equipe enfrenta algumas dificuldades em se comunicar com os indígenas, que não falam português “Tem um que fala um pouco de português, perguntei qual era a doença dele indígena sumido, mas não soube informar. Não falam o que ele sentiu, o que aconteceu. O que dificulta é não saber a motivação”, lamentou.

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