Segundo a Defesa Civil estadual, o tabuleiro da ponte está cerca de 70 centímetros afastado das vigas de sustentação da estrutura. As obras para a recuperação do espaço já foram iniciadas, mas quem trabalha na região, ponto turístico da capital, diz que boa parte do público sumiu.
É o caso da feirante Raimunda Núbia Sobral. Apesar dos danos no solo do local, ela ressalta que o importante é continuar trabalhando enquanto for possível.
“A gente teve subir, porque estávamos mais abaixo. Fizeram esse paredão, e continuamos trabalhando. O importante é a gente não parar de trabalhar. O movimento caiu um pouco, porque as pessoas entram na outra ponte e veem esse paredão, e aí acham que o aqui também está fechado”, diz.
No ano passado, o governo do estado fez uma obra de contenção no calçadão por causa do mesmo problema, mas os comerciantes e feirantes reclamam da qualidade do trabalho realizado.
O comerciante Hemerson Assunção relata que foi retirada uma malha de ferro que ajudava na sustentação do calçadão, o que colaborou para que o local cedesse ainda mais.
“Esse serviço foi feito há pouco tempo, e aí quando o rio começou a baixar, levou tudo. Nós que trabalhamos nessa área, e vendo o serviço que tinha antes e o que tem agora… Antes havia uma malha de ferro, quando foi feita a reforça, tiraram a malha de ferro, substituíram por barro e areia, e não fizeram compactação. Por isso, desceu muito rápido. Era para terem feito o serviço, e colocado uma nova malha de ferro”, avalia.
Passarela
Inaugurada há 17 anos, a passarela Joaquim Macedo, no Centro de Rio Branco, possui 200 metros de extensão e está com a estrutura de madeira deteriorada e o entorno com sinais de erosão do solo.
A passarela liga o primeiro ao segundo distrito e conforme afirmam comerciantes e pedestres que utilizam o local para locomoção, há muito problemas e risco.
A estrutura foi construída apoiada em duas colunas com 42 dois metros onde estão os cabos de sustentação da ponte, localizada próximo do Mercado Velho. O maior problema detectado pelos pedestres é o piso que se encontra com várias buracos e rachaduras ao longo da ponte.
Estes sinais de deterioração foram detectados no ano passado, quando a Defesa Civil de Rio Branco recomendou a interdição do local. Também foi detectada movimentação de solo no Mercado Velho.