O novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da saúde no Acre foi tema de uma reunião realizada na Assembleia Legislativa (Aleac), reunindo deputados, sindicalistas, servidores e representantes do governo. O encontro foi conduzido pelo deputado Adailton Cruz (PSB), que reforçou a importância de um plano que valorize os profissionais da saúde, especialmente os que atuam na linha de frente. Ele destacou que a proposta deve refletir justiça e coerência nas condições de trabalho e remuneração dos servidores.
Durante a reunião, representantes sindicais cobraram correções no plano, principalmente em relação à isonomia salarial. A sindicalista Alesta Amancio, do Spate, exigiu que o plano seja entregue ainda neste mês, sem prejuízos a quem já teve avanços salariais, e incluindo melhorias para os que ainda não foram contemplados. Já o presidente do sindicato dos condutores de ambulância apontou que as principais divergências estão nas categorias de nível superior, que precisam ser melhor avaliadas.
Servidores da saúde reconheceram os avanços presentes no plano, como o sistema de progressão e o prêmio de valorização, mas alertaram para distorções salariais entre profissionais com funções idênticas. Um servidor do Pronto-Socorro destacou que diferenças salariais pequenas, porém injustificáveis, podem comprometer a tramitação do projeto na Aleac, caso ele não chegue ajustado.
Por parte do governo, a secretária adjunta Ana Cristina defendeu o plano, ressaltando que ele foi elaborado com a participação dos sindicatos e apresenta ganhos inéditos, como gratificações específicas e pagamento de plantões sobre o salário base. Ela reconheceu que ainda há pontos a serem resolvidos e defendeu a continuidade do diálogo entre as categorias para aprimorar a proposta, pedindo união dos profissionais da saúde.
Por fim, o secretário de Governo, Luís Calixto, explicou que o projeto ainda não pode ser enviado oficialmente à Aleac devido ao limite prudencial de gastos com pessoal. Segundo ele, o plano está pronto do ponto de vista técnico, mas aguarda condições legais para tramitação. Ele criticou a ameaça de greve antes da divulgação do novo percentual de gastos e reafirmou que o governo está comprometido com o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Com informações da Aleac