sexta-feira, 26 julho 2024

Denunciante de nepotismo na Defensoria Pública do AC revela novas informações e pede proteção ao MPE

O denunciante de um suposto esquema de nepotismo na defensoria Pública do Acre, que também envolveria pessoas ligadas ao Judiciário e ao Ministério Público, voltou a se manifestar nas redes sociais dele neste sábado sobre o assunto, trazendo novas informações e pedindo proteção ao Ministério Público do Acre.

Hedislandes Gadelha publicou em sua rede social “prints” de uma suposta conversa por Whatsapp entre ele e alguém interessado em suborná-lo para que revelasse a fonte das informações que dispões sobre a prática de nepotismo denunciada ao MP esta semana.

Veja abaixo:

Ele também publica “prints” de supostas conversas entre os defensores públicos em um grupo de Whatsapp deles, no qual eles discutem sobre quem estaria vazando as informações para o público.

Além de publicar os “prints” Hedislandes afirma em sua publicação: “Eu quero proteção do MPAC. O MP está dando tempo para o que mesmo? Se acontecer algo comigo é de responsabilidade do MPAC, que não está agindo rápido para parar essas pessoas”

 

Denúncia envolve Defensoria e pessoas ligadas ao MP e Judiciário

A denúncia encaminhada esta semana por Hedislandes Gadelha ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público Estadual pede que sejam investigadas as nomeações em cargos comissionados de parentes de defensores públicos.

Segundo a denúncia, na qual ele também apresenta provas documentais, a sub defensora geral Roberta Caminha mantém um cunhado e três primos na parte administrativa da Defensoria. A defensora Juliana Cordeiro mantém o sogro nomeado. O defensor Gerson Boaventura mantém a esposa em um dos cargos.

O caso veio à tona quando a esposa do defensor João Ildair da Silva foi demitida, depois que sofreu uma suposta agressão do marido. Ela também era lotada na defensoria, mas foi exonerada quando pediu medida protetiva contra o marido.

A denúncia de Hedislandes está pedindo também que o Ministério Público faça uma investigação para o que se chama de nepotismo cruzado. Diversos filhos de autoridades, principalmente do Judiciário, estariam sendo lotados nos gabinetes dos defensores. Em contrapartida, os parentes dos defensores estariam sendo lotados no Judiciário e também no Ministério Público.

A denúncia também aponta defensores públicos que estariam acumulando cargos na direção do órgão, e ainda atuando como defensores. Eles estariam recebendo pelas duas funções, mas trabalhando de fato em apenas uma, o que seria ilegal. Segundo o denunciante, as informações não estariam sendo divulgadas no portal da transparência.

Em um vídeo publicado em sua rede social, Hedislandes promete ainda que “se ninguém tomar nenhum tipo de ação, eu irei até Brasília e lá farei a denúncia já com os protocolos daqui”, garante.

A Defensoria Pública do Acre foi procurada para falar sobre o assunto, mas informou que só irá se manifestar quando for oficialmente notificada, afirmando entretanto que irá manter o quadro atual de nomeações

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