A bancada federal do Acre na Câmara dos Deputados demonstrou opiniões divergentes sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. De acordo com o levantamento do Placar da Anistia do Estadão, entre os oito parlamentares acreanos, apenas dois declararam apoio explícito à medida, enquanto os demais preferiram não se posicionar, não responderam ou se manifestaram contrários. Coronel Ulysses (União Brasil) e Zezinho Barbary (PP) defenderam a anistia total, incluindo a isenção de penas e processos, com Ulysses ainda apoiando a extensão do benefício ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outros investigados no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em contraponto, Antônia Lúcia (Republicanos) foi a única a se manifestar explicitamente contra a anistia e sua possível ampliação a Bolsonaro. Já Meire Serafim (União Brasil) e Socorro Neri (PP) optaram por não responder, enquanto Eduardo Velloso (União Brasil), Roberto Duarte (Republicanos) e Zé Adriano (PP) não retornaram ao contato. O levantamento do Estadão entrevistou 395 dos 513 deputados federais e apontou que ao menos 182 parlamentares apoiam a anistia, um número suficiente para solicitar urgência na votação, mas ainda abaixo dos 257 votos necessários para a aprovação da medida.
O projeto de anistia é interpretado como uma tentativa de isentar os envolvidos nos ataques em Brasília de punições legais, podendo beneficiar Bolsonaro e aliados. O Projeto de Lei 2.858/2022, de autoria do deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), continua sendo o mais avançado no processo legislativo e segue em discussão no Congresso Nacional.