A vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos trouxe à tona preocupações globais e dúvidas sobre o futuro das relações entre EUA e Brasil, agora sob a presidência de Lula. Questões econômicas ganham destaque, uma vez que Brasil e EUA possuem uma das mais importantes parcerias comerciais das Américas. Historicamente, os laços econômicos entre os países têm sido pragmáticos, independentes de diferenças ideológicas entre governos.
No setor agrícola, o Brasil, com um mercado altamente competitivo, enfrentou desafios durante o primeiro mandato de Trump devido a barreiras comerciais impostas a produtos como algodão, açúcar e soja. A expectativa é que, caso Trump mantenha seu protecionismo, o setor agropecuário brasileiro possa sofrer novos impactos. Essas políticas, aliadas a estímulos econômicos internos, também fortalecem o dólar, o que influencia o comércio e investimentos no Brasil.
Outro fator que impulsiona o dólar é a alta taxa de juros nos EUA, estratégia usada para controlar a inflação e atrair capital estrangeiro, levando investidores a buscar ativos em dólares. Essa valorização da moeda americana pode afetar ainda mais a economia brasileira, elevando o custo de produtos importados e gerando pressão sobre o real.
O meio ambiente também se destaca como uma possível área de conflito entre os dois países. A posição de Trump, de flexibilizar acordos ambientais, contrasta com as críticas que o Brasil enfrenta devido ao desmatamento na Amazônia. Com Lula na presidência, que se compromete com pautas ambientais, a relação diplomática com os EUA pode se tornar tensa, especialmente se houver divergências nas políticas de preservação ambiental.