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Desembargadores mantém condenação de trio que matou jogador

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) negou, por unanimidade, um recurso de apelação que pedia a redução das penas de Andrey Borges de Melo, Darcifran de Moraes Eduino Júnior e Kauã Crystian Almeida do Nascimento, condenados pelo Tribunal do Júri pela execução do jogador de futebol Tiago Oséas Tavares da Silva, de 18 anos.

Natural de Pernambuco, Tiago Oséas havia chegado ao Acre há cerca de dois meses para integrar as categorias de base do Santa Cruz. Na noite de 31 de março, ele foi a uma festa no bairro Santa Inês, no Segundo Distrito de Rio Branco, acompanhado de um amigo.

Durante o evento, um grupo armado invadiu a residência e retirou à força Tiago e outros dois homens, levando-os para um local afastado. Ao verificar o celular do jogador, os criminosos encontraram uma foto dele, fazendo o gesto de “paz e amor” com as mãos, sinal que, no crime, é associado a uma facção criminosa rival.

Tiago foi executado com vários tiros. Os outros dois homens que estavam com ele foram liberados, pois nada “suspeito” foi encontrado em seus aparelhos.

Os três acusados foram presos e denunciados pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). Darcifran recebeu pena de 32 anos e 10 meses, Andrey Borges foi condenado a 23 anos, 4 meses e 25 dias, e Kauã Crystian a 21 anos e 8 meses de prisão, todos em regime fechado. Juntas, as penas somam quase 80 anos de prisão.

A defesa não contestou a condenação, mas pediu a redução das penas. O relator do processo, no entanto, considerou que a culpabilidade foi comprovada e destacou a premeditação, frieza e extrema violência na execução, ocorrida em contexto de conflito entre organizações criminosas. Ele também mencionou que os condenados respondem por outros crimes.

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