Pais e mães de crianças autistas realizaram uma manifestação nesta quinta-feira (3) em frente ao Palácio Rio Branco, cobrando das autoridades políticas públicas mais eficazes para pessoas neuroatípicas. Entre as principais reivindicações estavam a ampliação de mediadores nas escolas, maior atenção para adultos autistas, acesso contínuo a terapias e inclusão no mercado de trabalho. Durante o protesto, os manifestantes vestiram preto e usaram mordaças como símbolo de luto pelo descaso enfrentado.
O ato ocorreu momentos antes de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), que discutiu o fortalecimento da rede de apoio a crianças, adolescentes e adultos autistas, bem como o suporte às famílias. A ativista Saana Monteiro destacou as dificuldades enfrentadas, como o abandono familiar, vulnerabilidade econômica e a longa espera por terapias, ressaltando que a conscientização sobre o autismo deve ocorrer o ano todo, e não apenas em abril.
Na véspera da manifestação, o governo estadual anunciou que o Centro Especializado em Reabilitação do Estado do Acre (CER III), referência no atendimento a pessoas com deficiência, acompanha atualmente 823 pacientes com diagnóstico de autismo e 393 crianças em investigação. Apesar desse suporte, as famílias continuam reivindicando melhorias no atendimento e mais investimentos na assistência a pessoas autistas no estado.
