Em uma reunião realizada na Casa Civil na manhã desta segunda-feira, 9, onde contou com a presença de representantes da Secretaria de Estado e Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Estado e Educação e Cultura (SEE), Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, o governo do Estado, por meio do Gabinete de Crise, decretou novas medidas de cuidados em relação ao índice de queimadas, dentre elas a permanência de aulas remotas nas regiões do Juruá, Purus, Alto e Baixo Acre, exceto a região de Tarauacá, Feijó e Jordão.
“Todos os demais municípios estarão em aula remota sendo transmitida pelo Amazonsat, das 9h às 12h e das 19h às 22h. Além disso, vamos utilizar aquelas ferramentas que usamos na pandemia, como a distribuição de videoaulas a partir do site da própria secretaria, do www.see.ac.gov.br, como também o WhatsApp, a questão das apostilas em caderno, para garantir essa semana letiva”, pontua o secretário de Educação, Aberson Carvalho.
O secretário afirma, ainda, que as medidas visam garantir o ensino e a aprendizagem, além do cuidado. “Entendemos o papel da escola, a sua importância nessa relação social, mas neste momento é necessária cautela. É desta forma que o governo tem tratado esse tema, com a união de todos buscando garantir que a nossa população tenha o maior cuidado”, explica.
Em relação à alimentação das crianças, o secretário afirma que está junto com a assistência social, verificando o melhor formato para manutenção, principalmente das pessoas mais vulneráveis.
Todas as medidas de prevenção ocorrem devido a eventos extremos de seca prolongada, os dados dos índices de qualidade ambiental trazem a referência de que não há previsão de chuva para os próximos sete dias, com destaque para a Secretária do Meio Ambiente, Julie Messias.
“São medidas importantes para que se evite essa exposição, a esse micrograma de partícula de poluição. Nós estamos identificando uma baixa dos rios do Acre. Hoje, Rio Branco está muito próximo da cota histórica. É uma situação grave e que requer medidas a serem condicionais.
Diante dos focos de incêndio, a Sema tem intensificado a fiscalização, com a operação Sine Ignis (Sem Fogo), que integra o sistema de segurança com o sistema de meio ambiente em municípios prioritários, uma atuação nos municípios onde são identificados mais alertas de desmatamento e mais focos de queimadas.
“Esse é um trabalho que é contínuo, porém em períodos mais críticos como esse, que nós estamos identificando, são lançadas operações para intensificar essa fiscalização. Já temos resultados acima de R$ 4 milhões de multas aplicadas, vários números de procedimentos administrativos. Estamos finalizando o plano emergencial de atendimento a episódios críticos de poluição. Não existe referência ainda nos demais estados, principalmente da poluição oriunda da fumaça. Estamos aqui trabalhando, nos debruçando em metodologias, em análises desses dados, para que o Poder Público possa adotar medidas eficientes para controlar tanto os indicadores ambientais quanto à proteção da saúde”, afirma Julie.
Também presente na coletiva com a imprensa local, o secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascal, apontou que um dos fatores determinantes para a tomada de decisão é a taxa de ocupação de leitos, além de medidas importantes neste período de seca severa.
“Hoje temos uma UTI pediátrica abaixo de 60% de ocupação e esse fato ele será o nosso norteador para a tomada de decisões. Medidas simples podem ser aplicadas em casa. Aquela máscara cirúrgica que foi utilizada na época do Covid, vamos usar quando tiver que sair de casa e ficar exposta ao meio ambiente. Hidratação é um ponto crucial neste momento. Vale destacar que o grupo de risco são as crianças menores de 5 anos e os idosos acima de 60 ou algum paciente que tenha algum tipo de doença respiratória”, ressalta.
Pedro Pascal afirma que as unidades básicas de saúde terão horário estendido de atendimento, até às 22 horas e, caso perceba que parente como o avô ou filho esteja com algum quadro de infecções anormal, a orientação é procurar uma unidade de saúde. “Tivemos sim um aumento na procura de atendimento, mas o monitoramento das taxas que passam nos leitos, principalmente de UTI e pediátrica, eles estão dentro de uma faixa aceitável, abaixo de 60%, afirma.