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Governo monitora e alerta quanto à criticidade da qualidade do ar no Acre

Com o prolongamento da estimativa e a consequente piora na qualidade do ar, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e do seu Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), com a equipe da Sala de Situação e Monitoramento Ambiental (Sisma), alerta a população para os cuidados neste período.

Nas últimas 24 horas foi identificado, por meio de monitoramento contínuo, um alerta de criticidade na qualidade dos municípios acreanos que se mantiveram com média diária acima dos níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece um limite de segurança de microgramas por metro cúbico (15 μg/m³).

Entre os municípios com alerta estão Rio Branco, onde o índice de material particulado no ar atingiu 209,76 µg/m³, o mais alto registrado no estado no período. Sena Madureira que registrou 138,25 µg/m³, seguida de Porto Acre, 123,04 µg/m³, Manoel Urbano 107,86 µg/m³, Santa Rosa do Purus 105,05 µg/m³ e Cruzeiro do Sul 102,97 µg /m³.

A poluição do ar tem aumentado no Acre, que enfrentou um período crítico de seca. Foto: Carina Castelo Branco/Sema

Os dados da plataforma de monitoramento foram apresentados entre os dias 1º e 27 de agosto, a qualidade do ar variou de boa a muito ruim na maior parte dos dias na região do Baixo Acre. Já nas regiões Alto Acre, Purus, Tarauacá/Envira e Juruá a concentração de partículas ficou entre boa e ruim.

O cenário crítico está associado aos eventos extremos que o Acre enfrenta, aliados às altas temperaturas, queda da umidade relativa do ar e aumento de focos de incêndios. O aviso especial foi emitido para alertar a população sobre a necessidade de impedimentos, devido à gravidade da situação.

Com a intensificação da seca e a emissão elevada de fumaça, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), decretou Situação de Emergência em Saúde Pública em 20 de agosto. Anteriormente, em junho, o Estado havia declarado Emergência Ambiental em todos os 22 municípios acreanos, com vigência até 31 de dezembro. Paralelamente a isso, em julho uma portaria do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) determinou a suspensão das autorizações de queima em todo o estado enquanto durar o decreto de emergência ambiental.

A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, explica que o momento é de atenção e afirma que o governo tem atuado em todos os municípios para mitigar os impactos que estão sendo ocasionados no período.

“Estamos com todos os nossos técnicos monitorando no Cigma a questão da qualidade do ar, mas é importante lembrar que todos precisamos atuar juntos, governo e população. Estamos com atuação de diversas secretarias e órgãos que fazem parte da agenda ambiental na capital e nos municípios, em um trabalho de sensibilização para coibir os efeitos ambientais”, disse.

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