O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) doou kits de hortaliças, nesta quinta-feira, 15, para o Educandário Santa Margarida e Lar Vicentino. Os kits fazem parte da produção da Fazendinha, espaço onde os detentos portariados trabalham com a produção agrícola. Além dos kits de hortaliças, nesta manhã, foram entregues móveis produzidos no Polo Móvel pelos próprios detentos que trabalham com marcenaria, sendo oito beliches na sede da Divisão Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe) e uma mesa com bancos para a Unidade Penitenciária de Regime Provisório e Semiaberto do Complexo Penitenciário de Rio Branco.
A doação dos 35 kits de hortaliças, que é um excedente da produção da horta e veio em um bom momento para o Lar Vicentino, é o que explicou a coordenadora da casa, Waldenize Rebelo: “Essas folhas ajudam na preparação da sopa, dos cozidos , também faz charuto, e eles gostam muito. A gente só tem a agradecer, em nome dos nossos 41 idosos que residem aqui com a gente, a parceria”.
Além do Lar Vicentino, o Educandário Santa Margarida também recebeu 35 kits de hortaliças da produção da Fazendinha. A gerente-geral do abrigo, Cássia Derze, agradeceu o apoio na nutrição das crianças: “Gostaria de agradecer imensamente o apoio do Iapen, essa parceria de fornecer verduras para a instituição. É um período de seca, onde nossas doações diminuíram bastante. E até a nossa hortinha, que temos aqui, a produção caiu muito. Com certeza vai ajudar a enriquecer mais a alimentação deles em termos de nutrientes”.
Luiz da Matta, chefe do Departamento de Ensino e Produção Sustentável do Iapen, explicou que, apesar do período de seca, a horta tem ido na contramão e a produção é maior. Também agradeço aos servidores responsáveis pelo espaço. “Este é um período bem seco de verão, mas estamos indo na contramão. As nossas hortaliças estão bem nutridas, bonitas, vistosas, como podemos ver nas fotos. Parabéns a todos que estão ali, em especial o Vanderlei, o José Carlos e o Marcos Figueiredo, que desempenham um papel excelente, assim como os próprios detentos, que trabalham no espaço”, falou.
Ainda nesta manhã, o Iapen entregou 8 beliches na sede do Dpoe, que deverão atender 16 policiais, e 1 mesa com bancos para a Unidade Penitenciária de Regime Provisório e Semiaberto. Os móveis foram produzidos pelos detentos que trabalham com marcenaria no Polo Moveleiro.
O chefe da Dpoe, João Paulo Mendes, declarou que os beliches são parte importante para o descanso dos policiais: “Para nós é um ganho. Além da base, a gente vai ter os nossos beliches novos. É importante que a gente tenha, é parte do nosso descanso”.
A mesa que foi entregue na Unidade Penitenciária de Recolhimento Provisório e de Regime Semiaberto, vai garantir mais qualidade e melhorias aos policiais de plantão, é o que afirmou o coordenador de segurança da unidade, Ronaldo Souza: “Os policiais de dois pavilhões estavam sem uma mesa, um canto mais confortável para fazer as refeições. Então, falei com o [Luiz] Da Matta, pra ver se conseguiu esse material, e ele conseguiu ceder essa mesa para nós, que vai ajudar muito o pessoal do pavilhão”.
Luiz da Matta também falou sobre a entrega dos móveis nesta manhã. “Pela manhã consegui entregar 8 beliches, que, por sinal, são bem reforçados, de boa qualidade. Quero agradecer, em especial, ao chefe da Divisão de Trabalho, Produção e Renda (DTPR), ao Allan, e ao Galvão, que conseguem montar esse fluxo para a fabricação desses beliches e, posteriormente, a entrega da mesa aos pavilhões provisórios, para ter um melhor movimento para a alimentação dos policiais penais. Então, essas ações para nós só trazem engrandecimento, energia positiva para a Polícia Penal e Iapen. O que a gente puder fazer para atender às nossas demandas, principalmente, isso será uma prioridade”.
O diretor de Reintegração Social do Iapen, André Vinício Silva, evidenciou que essas doações e entregas são frutos dos trabalhos de ressocialização com os detentos, que garantem, não só o trabalho para a remissão de pena, mas também uma formação e uma chance de egresso retornar à sociedade com experiência de trabalho. “Tem uma importância no quesito de ressocialização e reintegração social dos privados de liberdade, e a gente tem vários casos de sucesso de pessoas que já tiveram presas, que tiveram a oportunidade de trabalho, na horta, na marcenaria, e quando saíram, estavam com especialização , uma profissão, e agora estão exercendo as suas atividades”, ressaltou.