Além de intervenção artesanal na remoção dos entulhos, serão usados caminhões e escavadeira hidráulica para limpeza (Foto: Val Fernandes/Assecom)
Em março desse ano, a cidade de Rio Branco foi atingida pela maior catástrofe ambiental dos últimos anos por conta das cheias do rio Acre e o transbordamento dos principais igarapés da cidade. Para evitar que os transtornos se repitam no próximo inverno, a gestão municipal reuniu todos os órgãos que lidam com a questão ambiental, para uma grande operação de limpeza no leito e das margens do igarapé São Francisco, um dos que mais causaram transtornos com alagamento de ruas e residências.
Durante o período, milhares de famílias ficaram desabrigadas e a Prefeitura de Rio Branco montou toda uma logística de atendimento às famílias e de redução de danos. “Já estivemos in loco fazendo a análise da área juntamente com o coronel Falcão, e o pessoal da Semeia. Encontramos lá carcaça de carro, resto de casa, geladeira, sofá, então vamos fazer essa grande ação de limpeza. Em 2005, uma ação de limpeza foi feita, mas não teve esse porte que vai ter agora”, disse o secretário de Cuidados com a Cidade, Joabe Lira.
Toda a extensão do igarapé tem 12 quilômetros (Foto: Val Fernandes/Assecom)
Toda a extensão do igarapé tem 12 quilômetros. Os pontos mais críticos de acúmulo de entulho estão em uma área de cerca de 7 quilômetros. A limpeza será rigorosa para evitar que o próprio igarapé coloque todo esse lixo para fora.
Além da intervenção de forma artesanal na remoção dos entulhos, serão usados, também, caminhões que fazem a sucção de força e desobstrução de drenagem. Uma escavadeira hidráulica será usada para fazer a limpeza dos córregos e o entulho removido em caçambas. Todos os galhos serão triturados por uma máquina comprada pela prefeitura. O material será levado para a unidade de tratamento de resíduos sólidos e transformado em adubo.
Tião: “É importante que a população ajude na preservação” (Foto: Val Fernandes/Assecom)
“Ações dessa natureza são importantes para minimizar os impactos. Evidentemente que tendo uma vazão maior de água, nós teremos também uma velocidade maior e talvez evite que a água alcance tão longe como aconteceu agora, em março de 2023”, frisa o coordenador municipal da Defesa Civil, Cláudio Falcão.
O prefeito Tião Bocalom diz que é importante que a população ajude na preservação, tanto do rio como dos igarapés que transbordaram na época da enxurrada.
“Vamos conscientizar os nossos amigos que o rio não pode ser agredido, não podemos jogar as coisas dentro do rio. Quanto mais você joga as coisas dentro do rio, mas ele vai começar a devolver pra você aquilo que você jogou dentro dele. Vai chegar o momento como aconteceu agora, que infelizmente ele estava todo obstruído. Graças a Deus não tivemos nenhuma morte. Você também é responsável, nos ajude a cuidar do nosso Chico”, adverte o prefeito.