A Justiça do Acre confirmou a condenação de Tatiane Souza da Silva, uma das acusadas pela morte da adolescente Raquel Melo de Lima, de 13 anos. O corpo da vítima foi encontrado em janeiro de 2021 enterrado em uma cova rasa em uma área de invasão próxima ao Ramal do Pica Pau, em Rio Branco.

Tatiane foi sentenciada em dezembro de 2024 pelo Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco a quase 35 anos de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, ocultação de cadáver e participação em organização criminosa. A defesa tentou reduzir a pena, mas o recurso foi rejeitado.

A decisão unânime dos desembargadores Francisco Djalma, Samoel Evangelista e Denise Bonfim ressaltou que a dosimetria da pena estava correta, enfatizando que Tatiane agiu em conjunto com membros de uma facção criminosa, o que demonstra a premeditação do crime e a gravidade de sua conduta.

O julgamento também ressaltou as consequências além do crime em si, destacando a pouca idade da vítima, o sofrimento psicológico causado à família e a ocultação do corpo em uma cova rasa, que aumentaram o impacto e o dano causado pelo crime.

Raquel desapareceu em janeiro de 2021, e seu corpo foi localizado poucos dias depois pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), que apontou a possível existência de outras covas clandestinas na região. Tatiane é a oitava pessoa condenada no caso que chocou o Acre pela brutalidade e envolvimento de uma organização criminosa.