quinta-feira, 4 julho 2024
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Mapa Nacional da Violência mostra que a maioria das mulheres não procuram denunciar o agressor

O Mapa Nacional da Violência de Gênero revelou que, em 2023, 32% das mulheres no Acre relataram casos de violência doméstica e familiar. A maioria das mulheres não denuncia à polícia, o que indica que as denúncias não refletem o total estimado de vítimas. O estudo também indica que 52% das mulheres vivenciaram ou relataram violência por parte de homens.

Na sua última atualização, o Mapa também abordou a subnotificação no país, que pode alcançar 61%. Esta foi a primeira vez que o levantamento, realizado pelo Observatório da Mulher contra a Violência do Senado em parceria com o Instituto DataSenado, estimou a subnotificação desse tipo de crime.

A pesquisa revela que 48% das brasileiras já sofreram algum tipo de violência no âmbito familiar, embora apenas 30% tenham relatado ter vivido essa situação. Em 92% dos casos de agressão, a violência foi cometida por homens.

Para explicar a diferença nos dados, os pesquisadores utilizaram os conceitos de violência percebida e violência vivida. No caso da violência vivida, incluem-se situações em que o agressor pratica atos como insultos, empurrões ou quebra de objetos para intimidar a mulher, mas ela não reconhece esses atos como violência.

O estudo destaca que, em 2023, 1.820 mulheres no Acre buscaram medidas protetivas de urgência. Todas as instituições estão preocupadas com a questão. A atual gestão do Tribunal Regional Eleitoral do Acre, por exemplo, afirma estar empenhada em conscientizar e sensibilizar magistrados e servidores sobre a gravidade do tema.

O Mapa da Violência de Gênero é compilado com dados do Senado Federal, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Conselho Nacional de Justiça e do Sistema Único de Saúde. O trabalho tem o apoio do Instituto Avon e da organização Gênero e Número, que aborda questões de gênero e raça no Brasil e na América Latina desde 2016.

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