sexta-feira, 26 julho 2024

Pastor evangélico indiciado por estupro e importunação sexual é preso no interior do AC

Investigação chegou a pelo menos nove vítimas de estupro e abuso pelo pastor — Foto: Polícia Civil de Marechal Thaumaturgo

Um pastor evangélico de 46 anos, indiciado por estupro de vulnerável e importunação sexual contra fiéis da Comunidade Bagé, zona rural de Marechal Thaumaturgo, interior do Acre, foi preso nesta quarta-feira (11).

De acordo com a Polícia Civil, a prisão preventiva do religioso foi solicitada após o indiciamento, e nesta semana a Justiça concordou com o pedido e ordenou a prisão. O pastor não teve a identidade revelada.

“Recebemos uma denúncia do Conselho Tutelar e do MP de que um pastor estaria abusando sexualmente de crianças e adolescentes. Com isso, instauramos inquérito policial e fizemos as oitivas das vítimas e testemunhas, e chegamos à conclusão que realmente ele tinha participação nos crimes. Ele foi indiciado e foi representado pela prisão preventiva dele e, nessa semana, a Justiça decretou a prisão. Tivemos a informação de que ele estava vindo para Cruzeiro do Sul e realizamos a prisão dele no porto”, explicou o delegado Marcílio Laurentino à Rede Amazônica Acre.

O pastor foi encaminhado à Delegacia de Cruzeiro do Sul, onde passará por audiência de custódia.

Prisão ocorreu na tarde desta quarta-feira (11) — Foto: Polícia Civil de Marechal Thaumaturgo

Prisão ocorreu na tarde desta quarta-feira (11) — Foto: Polícia Civil de Marechal Thaumaturgo

Apuração

Conforme as investigações, ao todo, a polícia identificou nove vítimas, entre crianças e adolescentes, que teriam sido abusadas pelo pastor. A Polícia Civil teve conhecimento após denúncia do Ministério Público Estadual (MP-AC), que encaminhou uma requisição à Delegacia de Marechal Thaumaturgo para que o caso fosse investigado entre os meses de junho e julho.

“Foram nove vítimas ouvidas, mas tem mais. A gente mandou intimação via rádio, lá é um lugar de difícil acesso, mas não compareceram. Ele abusava das fiéis, chegava nas casas quando os pais não estavam, algumas são crianças, praticava alguns atos libidinosos, agarrava à força. Em alguns casos, chegava alguém na casa e flagrava”, contou o delegado à época do indiciamento.

Ainda segundo o delegado, o pastor foi ouvido durante o inquérito no início de setembro. Ele negou os crimes, alegou que era perseguição por parte de uma fiel.

“Ele disse que essa fiel queria ter um relacionamento com ele e, por isso, passou a criar essas denúncias. Mas não tem como, são vítimas que muitas não têm nenhuma relação umas com as outras. Ele foi interrogado e qualificado. Foi encaminhado para o Poder Judiciário para tomada das providências cabíveis, esperamos que seja feita justiça seja feita e que fatos como esse de abuso de crianças e adolescentes no município não ocorra mais”, concluiu.

G1 AC

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