Na manhã desta terça-feira(9), policiais penais estiveram na galeria da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para denunciar os fatos que consideram negligência do governo estadual. A categoria reivindicou por progressos no Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), a criação de um CNPJ próprio e ações urgentes diante do crescimento das fugas em unidades prisionais. Durante a mobilização, os servidores mostraram cartazes e denunciaram excesso de trabalho, problemas de saúde física e mental, além do descumprimento de promessas feitas pelo governo na última campanha.
O presidente do Sindicato dos Policiais Penais (Sindpol), Leandro Rocha, afirmou que a mobilização representa um “grito de socorro” e alertou que as falhas no sistema penal afetam não apenas os profissionais, mas também detentos, familiares e toda a sociedade. Ele ainda criticou o veto do governo à criação de um CNPJ específico para a categoria, medida que, segundo ele, permitiria maior autonomia e acesso a recursos federais. A expectativa é de que o veto seja derrubado ainda nesta semana.
Na sessão, o deputado estadual Fagner Calegário (Podemos) propôs a formação de uma comissão de parlamentares para visitar unidades prisionais em Rio Branco, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul, palco da fuga mais recente. Diante da impossibilidade legal de greve, os policiais penais anunciaram que intensificarão os protestos com operações padrão e outras ações previstas em lei, reforçando o apelo por melhores condições e maior valorização da categoria.
