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Prefeitura promove roda de conversa e troca de experiencia com pais de crianças com autismo

Durante toda esta semana, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), realiza várias atividades voltadas ao público com Transtorno do Espectro Autista (TEA), no Centro de Atendimento ao Autista, do município.

Além dos atendimentos de dentista e psicológico, também são realizadas rodas de conversas com pais e mães de crianças autistas, onde as dúvidas e trocas de experiencias são inúmeras.

Hellen: ““Precisamos estar atentos a nutrição dessa criança” (Foto: Rodilson Bardales/Assecom)

Para a nutricionista Hellen Kessen, é fundamental e importante que os pais entendam sobre a seletividade alimentar da criança com TEA, tendo em vista que a maioria opta por cores dos alimentos e até produtos industrializados não tão saudáveis em comparação aos legumes e frutas e por esse motivo, a necessidade de uma atenção maior na hora da comida.

“Precisamos estar atentos a nutrição dessa criança, alimentação, pois a partir disso ela vai estar nutrida para receber todos os outros estímulos que ela tem na escola, nas terapias. Hoje falamos sobre a seletividade alimentar, que é bem comum na maioria dos autistas. e eles acabam consumindo alimentos industrializados, aqueles que são perecíveis e não têm alteração de gosto, sabor, como as frutas e verduras, por exemplo, e acaba sendo mais confortável o consumo para eles”.

Édila: “Os andimento deram um salto de qualidade” (Foto: Rodilson Bardales/Assecom)

A coordenadora do Centro de Atendimento ao Autista, Édila Souza, diz que os avanços no atendimento deram um salto de qualidade e esta semana de interação com os pais, mostra o compromisso desta gestão municipal em atender cada vez mais e melhor esse público.

“Nós proporcionamos, na Semana do Autismo, uma programação onde trabalhamos com nossos profissionais, alguns profissionais são convidados de fora, como o nutricionista que falou sobre a seletividade alimentar no autismo. E é de suma importância a participação dos pais nessa coparticipação terapêutica, pois eles esclarecem muitas dúvidas com os profissionais”.

Analu: “A mãe precisa entender e aprender a cuidar” (Foto: Rodilson Bardales/Assecom)

A mãe e agricultora, Analu Costa, falou da importância dessa troca de experiências com outros pais de crianças com autismo, principalmente para entender o comportamento individual, conhecer as limitações e cuidar sempre com muito amor e todo carinho possível.

“É muito importante porque a gente que é mãe precisa entender e aprender a cuidar deles. Parei de trabalhar porque é terapia, escola,  médica, essas coisas. Aí a gente tem que mudar a vida. Tudo muda porque, não é tudo que ele come. Todo mundo cuida dele e todos cansam menos ele”.

Deandrisson: ““O principal desafio é o preconceito” (Foto: Rodilson Bardales/Assecom) 

Para o psicólogo do centro, Deandrisson Siqueira, além das crianças, os pais também precisam de acolhimento e atendimento especializado, mas a principal barreira, diz Siqueira, ainda é o preconceito da própria sociedade.

“O principal desafio é o preconceito da sociedade. A sociedade precisa fazer esse acolhimento, principalmente aos pais, pois se sentem muito sobrecarregados, é muita coisa, mas acredito que atualmente, se formos fazer um retrospecto dos últimos cinco anos, hoje o serviço é bem melhor. O poder público tem conseguido atender essas pessoas, porém o grande desafio é que a sociedade faça esse acolhimento das crianças e, principalmente, dos responsáveis, principalmente quando uma criança está em situação de desregulação e as pessoas não entendem e não compreendem. Esse é o principal ponto de desafio”.

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