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Raízes, Resistência e Recomeços

A trajetória de Emeli do Nascimento, fundadora da Tranças da Emi, exemplifica como desafios pessoais podem revelar vocações transformadoras. Há cerca de 14 anos, motivada por um corte químico durante sua transição capilar e pela escassez de profissionais especializados, ela aprendeu a trançar o próprio cabelo de forma autodidata. O que iniciou como uma solução para recuperar a autoestima e se expandiu espontaneamente ao ajudar outras mulheres, consolidou-se como profissão durante a pandemia, quando Emeli trocou seu emprego formal pelo empreendedorismo, alcançando rápido reconhecimento e sucesso financeiro.

Para além da estética, o trabalho de Emeli é um resgate profundo da ancestralidade e da cultura afro-brasileira, temas centrais no Dia da Consciência Negra. Ela compreende e transmite que as tranças carregam histórias de resistência, remetendo aos quilombos e às táticas de sobrevivência dos antepassados. Emeli observa um aumento no respeito e na conscientização do público sobre a origem cultural das tranças e utiliza seu ofício para combater preconceitos e desinformação através da educação e do diálogo paciente.

O estúdio Tranças da Emi converteu-se em um espaço de acolhimento emocional, onde o ato de trançar se entrelaça com histórias de superação de doenças, rejeições e recomeços. Para Emeli, sua missão transcende a técnica; trata-se de ouvir e fortalecer mulheres que buscam renovar sua identidade. Assim, seu trabalho celebra a beleza que nasce da resistência, honrando o passado enquanto cuida do presente e do futuro de suas clientes.

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