Zezé Di Camargo viu seu nome envolvido em uma nova polêmica por conta da liberação de composições para outros artistas. O cantor sertanejo tem 264 músicas registradas em seu nome na Ecad e não tem o costume de deixar outros cantores regravarem as canções.
O artista, inclusive, se posicionou de forma contrária ao que vem se tornando uma tendência musical. “É natural que você preserve o seu trabalho. É preservar aquilo que eu construí com muito sacrifício. Foram noites e noites sem dormir, quebrando a cabeça para achar uma frase bonita”, disse ao G1.
Em seguida, Zezé Di Camargo completou: “Quando você acha, faz a música, aí vem a pessoa, pega a música que está no subconsciente de todo mundo, que já é um sucesso, as pessoas lembram, mas de repente não lembram quem é o cantor, e aquilo que você está pensando em fazer daqui cinco ou seis anos para a frente, vem uma outra regravação e sufoca aquilo que você está pensando em fazer.”
O sertanejo afirmou, ainda, que toma a medida pensando na própria carreira. “Não é porque eu tenho maldade, ou porque não quero que ninguém faça sucesso, ou porque estou preocupado de alguém fazer sucesso, até porque a música já está perpetuada com a gente.”
“Eu faço isso porque eu vou regravar. Se tem alguém que vai regravar a música, sou eu. Nada mais justo que seja eu que sou o dono da música, o dono da obra. Então, não é nada contra ninguém”, explicou Zezé Di Camargo.
Zezé também fez questão de relembrar que outros artistas já regravaram suas músicas. “A Bethânia já regravou ‘É o amor’. Tudo tem a situação, o momento, o por quê. Por que na época eu permiti a Bethânia regravar ‘É o amor’? Foi um pedido dela direto, foi um pedido da Globo, ia entrar na novela”, lembrou o cantor.
“E a Bethânia é cantora de MPB. Não é cantora de música sertaneja. Então, não é uma concorrente do meu trabalho. Daquilo que eu canto”, completou Zezé Di Camargo.
Por Metropoles