O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) promoveu, na manhã desta terça-feira (31), no buffet Amazônia Hall, a 13ª edição do Prêmio de Jornalismo. A premiação, que neste ano teve como tema “Cidadania transformada em notícia”, representa o reconhecimento do MPAC à função social da mídia e sua importante contribuição como formadora de opinião e difusora de informações.

Nesta edição, o concurso abrangeu cinco categorias, incluindo imagem, mídia audiovisual e mídia escrita, além de destaque acadêmico. Os vencedores receberam troféus e prêmios em dinheiro que totalizaram R$ 30 mil – o maior valor da história da premiação –, distribuídos entre as categorias, sendo R$ 10 mil para “Jornalismo de TV”, R$ 7 mil para “Jornalismo Escrito”, R$ 7 mil para “Jornalismo Falado”, R$ 4 mil para “Fotojornalismo” e R$ 2 mil para “Destaque Acadêmico”.

Ao abrir o evento, o procurador-geral de Justiça, Danilo Lovisaro do Nascimento, falou sobre a importância do jornalismo sério e comprometido com a apuração da verdade para a democracia. O PGJ ressaltou que o MPAC criou, no ano passado, uma Comissão de Defesa da Informação para desenvolver estratégias constantes de comunicação com a finalidade de combater a desinformação.

“Uma enorme satisfação estar aqui hoje celebrando o jornalismo acreano. Tenho muito respeito por esses profissionais que são grandes parceiros do MPAC. É através do jornalismo investigativo, de boa qualidade, comprometido com a verdade dos fatos, que muitas informações chegam até o MP”, afirmou.

Além da entrega dos prêmios, a cerimônia contou com uma mesa redonda com o tema “60 anos de MPAC – Sob o olhar da imprensa acreana”. Mediada pelo historiador Marcos Vinicius Neves e com a participação dos jornalistas Nilda Dantas e Leônidas Badaró, as falas dos convidados da mesa trataram sobre a responsabilidade social do trabalho jornalístico que, com a apuração dos fatos e difusão das informações, muitas vezes cria uma ponte entre a problemas da sociedade e a Justiça.

O evento teve ainda uma homenagem à jornalista Jocely Abreu, que participou como apresentadora de várias edições da premiação e neste ano celebra 30 anos de atuação no jornalismo acreano. O 13º Prêmio de Jornalismo contou com o apoio da Associação do Ministério Público do Acre (Ampac), LabNorte, Acreaves, Liderança, Fecomercio, Arasuper, Biau Som, Via Verde Shopping, Federação das Indústrias do Acre (Fieac), Energisa, Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e da agência Cidade Publicidade e Propaganda.

Confira os vencedores do 13º Prêmio de Jornalismo e o que disseram

Jornalismo de TV: Secretaria de Comunicação Social do Superior Tribunal de Justiça (STJ) – “Último Recurso: Cancelamento Voo”

“Com muita alegria recebemos o prêmio. Quero agradecer aos profissionais que participaram da categoria de TV e aos colegas da comunicação do STJ, que se empenharam para fazer com que esse programa tenha um impacto real na ponta, ao tratar sobre como uma decisão impactou na vida de muitas pessoas”. (Eduardo Moura, representante da Secretaria de Comunicação do STJ)

Jornalismo Escrito: Wesley Moraes – “Autismo: A luta contra o preconceito e a discriminação”

“É sempre uma honra poder participar e principalmente vencer o Prêmio de Jornalismo, pelo qual tenho um carinho muito grande e foi o primeiro que ganhei na carreira, ainda como acadêmico de jornalismo. Hoje volto a vencer junto com o fotógrafo Marcos Vicente, em um assunto tão importante e que a sociedade deve debater, que é a questão do autismo”.

Jornalismo Falado: Eduardo Gomes – “Mortes no Trânsito do Acre e o caso Jhonlianne Paiva”

“Quero agradecer ao MPAC que oportuniza essa premiação aos profissionais de Comunicação que trabalham diariamente para levar informação à população. Nessa reportagem, abordamos os crimes de trânsito e um caso de uma jovem vítima que gerou grande comoção social. Essas pessoas foram condenadas e o MP teve um papel fundamental nisso”.

Jornalismo de Imagem: Juan Vicente Diaz – “Com seca severa, Rio Acre atinge níveis históricos em 2022”

“Agradeço ao MPAC, pois o prêmio é uma forma de incentivo ao profissional da imprensa. O ano que passou foi difícil em relação à seca do rio, que só recentemente começou a subir. Nosso trabalho é mostrar a realidade que vem acontecendo e levar ao telespectador a notícia de forma exata e concreta”.

Destaque Acadêmico: Bruna Kéren Nunes da Silva – “Consequências do Feminicídio”

“Foi a primeira vez que me inscrevi e ter esse reconhecimento como acadêmica é muito importante. O tema abordado é bastante delicado, especialmente em nosso estado, que está entre os que mais matam mulheres no país. Quando estudamos os dados, vemos o quanto são necessárias políticas públicas de combate à violência contra a mulher e ao feminicídio”.

Fotos: Tiago Teles e Ulisses Guimarães