Bastidores da política local propagam boatos sobre um suposto afastamento do governador Gladson Cameli de suas funções. Esses boatos seriam por conta de notícias divulgadas pela mídia nacional (leia-se revista Veja) sobre supostas vendas de sentenças por parte de assessores de ministros do STJ, dentre eles, um assessor da ministra Nancy Andrighi, a responsável pelo inquérito da Operação Ptolomeu, em que Gladson, alguns secretários e empresários são citados.
SEM FUNDAMENTO
Em nenhum momento nenhum meio de comunicação e nenhum órgão de investigação mencionou o nome de Gladson Cameli e nem sequer a Operação Ptolomeu nesse caso das supostas vendas de sentença. Não é de hoje que propagam esse suposto afastamento de Gladson do governo. Quem entende do Direito, sabe que se fosse para ser afastado já teria sido.
MAR CALMO
Gladson está num excelente momento da sua vida. Colecionando vitórias políticas e se preocupando apenas em terminar bem o seu governo, concluindo algumas obras e cuidando para concorrer ao Senado em 2026. Em todas as pesquisas o seu governo aparece bem avaliado.
SEM MEDO
Nos próximos dias Gladson será ouvido no STJ sobre a Operação Ptolomeu. Outras pessoas também serão ouvidas. O procedimento é uma praxe da Justiça. Aos meios de comunicação locais Gladson sempre relatou tranquilidade, segurança e vontade de que a Justiça apure o que tiver que ser apurado.
CABO ELEITORAL 01
As eleições onde cenários políticos pareciam impossíveis de serem mudados tiveram a influência política de Gladson, sacramentando vitória em 14 dos 22 municípios do Acre. Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Brasiléia, Tarauacá e Sena Madureira, currais eleitorais cujas pesquisas colocavam os candidatos oponentes daqueles apoiados pelo Governador como imbatíveis, mas foram todos derrotados.
ROLO COMPRESSOR
Mal acabou esta eleição e já começou a pré-campanha pelo governo em 2026. Alan Rick, Mailza Assis, Nicolau, Bocalom e Jéssica Sales são alguns dos nomes que chegaram até à Coluna. E pelo caqueado da cotia, a história não será diferente. Senhores candidatos, queiram ficar ao lado de Gladson Cameli pois o rolo compressor é pesado e não perdoa adversários. Se em 2024 foi do jeito que foi imaginem como será em 2026.
GRATIDÃO
Apesar de Bocalom ter declarado apoio à Gladson Cameli para o Senado, não será garantia que Gladson retribua esse apoio, uma vez que, circula em todas as rodas políticas do Acre que Cameli nutre vontade, gratidão e carinho pela candidatura de seu ex-cunhado e presidente da Aleac, o deputado estadual Nicolau Jr.
MUITA ÁGUA
Tem muita água pra passar embaixo da ponte e muita coisa pra acontecer ainda. Mas se existe intenção, há uma grande possibilidade. Um pessoa do alto comando do PROGRESSISTAS, confessou à Coluna que até abril de 2026 haverá um entendimento entre Gladson, a vice-governadora Mailza Assis e Nicolau, para definirem o que será melhor para o partido em relação à candidatura ao governo.
ENGENHARIA POLÍTICA
A Coluna já apurou que a vice-governadora não pode assumir nenhuma vaga de conselheira no TCE e que tampouco tem interesse, como já relatou quando questionada. Não pode ser candidata a vice estando no cargo de governadora porque a legislação não permite. O que resta de alternativas à Mailza é assumir o governo, caso Gladson se afaste, e ser candidata à reeleição ou não. Também pode simplesmente renunciar ao cargo de vice, caso decida se candidatar a algum outro cargo eletivo que não seja a sua reeleição em 2026.
TEMPO
Uma fonte próxima de Mailza relatou à Coluna que mesmo com todas as adversidades que possam existir ela tem vontade, sentimento e interesse em ser governadora, nem que seja por nove meses. Sobre ser candidata ao governo somente o tempo dirá.
EU FORA
Sobre a candidatura de Bocalom ao governo, um membro do PROGRESSISTAS e com forte influência junto ao governador Gladson Cameli, disse que isso é um problema do PL, do senador Márcio Bittar e do próprio Bocalom. Essa fonte acredita que além da candidatura de Gladson ao Senado, o partido tem grande possibilidade de ter candidatura ao governo. Quanto à candidatura do Bocalom ao governo, “quem tem boca fala o que quer, é um direito dele”, afirmou.
OS FATOS
O que a Coluna sabe de fato é que para concorrer ao Senado, Gladson precisa se afastar do governo até início de abril de 2026. Ocorrendo isso, Mailza assume o governo, e tem a prerrogativa de concorrer à reeleição, ou simplesmente não concorrer e apoiar quem desejar. Poderia ser o Nicolau, já que ambos são do mesmo partido e têm a benção de Gladson.
VICE
Olhando por esse lado, apesar de ainda ser muito cedo, a Coluna avalia que dificilmente o PROGRESSISTAS irá apoiar a candidatura de Bocalom ao governo. Mesmo que o clã Bestene o apoie. Caso Bocalom se afaste da PMRB para concorrer ao governo, quem assume a Prefeitura em definitivo sem ter um voto é o vice Alisson Bestene.
CHUPANDO O DEDO
A situação para que Bocalom concorra ao governo não está muito fácil. Precisa da garantia do PL e do senador Márcio Bittar de que será candidato ao governo pela sigla. Caso contrário terá que procurar outro partido. Ou simplesmente, não se afasta, não concorre a nenhum cargo eletivo em 2026 e conclui o mandato. E Alisson Bestene fica chupando o dedo.
GRUPO
A Coluna não torce para que Bocalom dê uma rasteira em Alisson Bestene nem para que Alisson Bestene dê uma rasteira em Bocalom, caso o prefeito venha a ser candidato ao governo e Alisson não o apoie. O que a Coluna também já apurou é que o grupo de Bocalom não concorda que este se afaste para concorrer ao governo.
ACORDO
Dizem haver um acordo entre Bocalom e Alisson para que o último assuma o mandato a partir de abril de 2026. Se é verdade ou não a Coluna ainda não conversou com nenhum dos dois para saber a versão de ambos. Quem quiser saber o que vai ocorrer nesse capítulo, terá que aguardar até abril de 2026.
MÉRITOS
É verdade que os Bestene são bastante articulados. Samir Bestene está se articulando bem para ser o Presidente da Câmara Municipal de Rio Branco. Corre nos bastidores que o seu pai José Bestene deverá assumir a Secretaria Municipal de Saúde. A tia Nabiha Bestene é a atual secretária municipal de Educação. E Alisson Bestene será o vice-prefeito. Eles têm os seus méritos.
GOVERNABILIDADE
Por conta desses méritos, a candidatura de Joabe Lira (UNIÃO BRASIL) à presidência da Câmara Municipal de Rio Branco está ganhando força. Joabe é da confiança de Bocalom, e com o poder não se brinca. Além de trabalhar, um gestor precisa de estabilidade política em sua base no parlamento, para não ter seus interesses contrariados e até mesmo não sofrer um possivel impeachment.
SEGURO
Não que os Bestene estejam planejando isso, mas assessores próximos de Bocalom o aconselharam a tratar a escolha de Joabe Lira para a presidência da Câmara Municipal como prioridade. Errados não estão. A velha frase ” o seguro morreu de velho” estaria valendo para essa situação?
