O governo do Acre, por meio da Fundação Hospital Estadual (Fundhacre), realizou neste sábado e domingo, 23 e 24, mais dois transplantes de fígado, atingindo agora o total de 76 procedimentos desde o primeiro procedimento em 2014, sendo 14 neste ano.
Toda a logística teve início ainda na sexta-feira, 22, quando a equipe de transplantes da Fundhacre foi notificada pela Central Estadual de Transplantes de um doador em Palmas (TO), compatível com o receptor L.F.N., de 41 anos, procedente de Boca do Acre (AM) e residente em Rio Branco há seis meses, portador de cirrose hepática por vírus da hepatite B e Delta (CH VHB), que aguardava na fila de espera pelo órgão.
A primeira equipe deslocou-se até Palmas, onde realizou a cirurgia de captação do fígado e, com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), retornou a Rio Branco. A equipe e o fígado chegaram na madrugada do dia 23, por volta de 01h30, onde uma segunda equipe já preparava o receptor. O procedimento teve término por volta das 7h da manhã e o paciente foi encaminhado aos cuidados da unidade de terapia intensiva (UTI) da Fundhacre.
Ainda no sábado, a equipe foi notificada novamente de outro doador em Goiânia (GO), esse compatível com o receptor J.C.S, de 35 anos, igualmente portador de CH VHB, procedente de Porto Velho (RO), que chegou à capital acreana há cerca de um mês em estado grave e estava internado, tendo no transplante a oportunidade de conservar a vida.
Enfrentando uma logística desafiadora, uma terceira equipe foi deslocada para Goiânia, onde foi realizada a cirurgia de captação do fígado por volta de 1h de domingo. Mais uma vez, graças à parceria com a FAB, o transporte do órgão foi realizado para Rio Branco em tempo hábil, chegando por volta de 8h, quando a equipe de transplante já se encontrava a postos, com o segundo receptor preparado. O procedimento teve término às 17h, e o segundo receptor também foi encaminhado aos cuidados da UTI.
Procedimentos foram realizados neste fim de semana. Foto: Cedida
“O transplante hepático é um procedimento de alta complexidade, e toda essa macrologística e realização de transplantes seguidos só é possível com o trabalho ininterrupto de uma equipe multidisciplinar, com o esforço e suporte de toda uma gestão da unidade e com o cuidado e atenção do governo do Estado em investir nos programas de transplantes”, destacou a coordenadora do Programa de Transplantes da Fundhacre, Valéria Monteiro.
Agência de Notícias do Acre