sexta-feira, 26 julho 2024

Marginais voltam a “tocar o terror” em prédios abandonados a 50m de comando da PM

Transeuntes que passam diariamente pelo cruzamento da avenida Getúlio Vargas com a avenida Brasil, no coração de Rio Branco, classificam o lugar como um dos mais perigosos da capital para andar a pé. Embora seja uma área que fica a 50 metros da sede do comando geral da PM, o local se tonou ponto frequente de assaltos e roubos, praticados por marginais que “moram” em dois prédios abandonados que ficam vizinhos um do outro, onde já funcionou uma agência do Banco do Brasil e uma loja da rede Romera.

No início da tarde desta quarta-feira mais uma ocorrência foi registrada no local, quando pelo menos duas senhoras que passavam pela calçada dos prédios tiveram seus itens pessoais roubados, mediante arma branca apontada para elas por meliantes. Elas acusam os indivíduos que ficam nos dois prédios, usando os imóveis como área para consumo de drogas, abrigo, e local para a prática dos crimes.

No episódio destra quarta-feira, o marido de uma das vítimas acionou a Polícia logo após o ocorrido e viaturas da PM chegaram ao local minutos após o assalto. Os policiais fizeram uma “varredura” nos dois prédios e pelo menos dois indivíduos foram presos em flagrante, após serem reconhecidos pelas vítimas ainda no local do crime.

Uma das testemunhas do ocorrido, que não quis ser identificada, informou que os episódios de violência são frequentes no local. Comerciantes e trabalhadores da área já conhecem o problema e evitam transitar pelas calçadas dos dois prédios, mas os pedestres que não sabem do risco são as principais vítimas.

“Isso é uma imoralidade, a violência acontecendo debaixo do nariz das autoridades, a 50 metros do comando geral da PM, e ninguém faz nada. E a culpa não é só da Segurança Pública não, os donos desses prédios também deveriam ser responsabilizados, porque o local fica aí abandonado e os marginais ocupam só para usar droga e assaltar quem passa”, relatou a testemunha ouvida pela reportagem do Acrejornal.

Problema é recorrente e risco se alastra pelas ruas do centro

Os indivíduos acusados de usarem os prédios abandonados como local para consumo de drogas, abrigo, e ainda como “ponto de abordagem” de vítimas para a prática de assaltos, são os mesmos que circulam em outras áreas do centro, principalmente a Praça da Revolução, os arredores da Biblioteca Pública e a boca de fumo conhecida como “Papoco” que está localizada em área adjacente, há menos de 1 km do epicentro do problema.

Nos últimos tempos a presença desses indivíduos passou a fazer parte da paisagem dessas ruas que formam o “coração” de Rio Branco, no centro da capital. Trata-se de uma região na qual também estão localizadas as sedes dos três poderes, o Palácio Rio Branco, sede do Poder Executivo, a Assembleia Legislativa, sede do Legislativo, e a antiga sede do Poder Judiciário, em frente ao Fórum Barão do Rio Branco.

Além do risco de se tornarem vítimas de assaltos, os pedestres que costumam frequentar essas áreas também sofrem constrangimento ao cruzar com alguns desses indivíduos, mediante pedidos que os mesmo fazem de dinheiro, mesmo que eles não o façam sob ameaça de armas e uso de violência.

Governo admite gravidade do problema e diz que providências estão sendo tomadas

A reportagem do Acrejornal ouviu a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública sobre o problema, de acordo com a assessoria do órgão, providências já estão sendo tomadas para resolver o problema.

Segundo a Sejusp, “esse assunto já foi pauta de reuniões entre a Sejusp, o Ministério Público Estadual e a Prefeitura de Rio Branco. Já foram iniciadas as tratativas para se resolver esse problema, então as providências estão sendo tomadas”.

Uma das medidas para resolver a situação de acordo com a Sejusp, é uma ação do Ministério Público no sentido de responsabilizar donos de imóveis abandonados na região central da cidade, e que servem de abrigo para dependentes químicos, ou para marginais que fazem das proximidade desses prédios locais para a prática de crimes.

“Sabemos que se trata de um problema realmente grave, mas já existe uma equipe multidisciplinar que está tratando disso para uma solução definitiva”, finaliza a nota emitida pela Sejusp à reportagem do Acrejornal.

Veja o vídeo abaixo com o relato da vítima

 

 

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