sexta-feira, 26 julho 2024

MPAC pede condenação de homem que matou a esposa após ela descobrir traição

Nesta terça-feira (14), teve início o julgamento de Hitalo Marinho Gouveia, denunciado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) pelo homicídio da esposa, Adriana da Costa Paulichen, ocorrido em julho de 2021, na residência do casal, no bairro Estação Experimental. Os promotores de Justiça Thalles Ferreira e Manuela Canuto atuam no Júri que, além da oitiva do réu, deve ouvir 10 pessoas, entre testemunhas de acusação e de defesa.

Conforme a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Efrain Enrique Mendoza, o casal iniciou uma discussão por conta do adultério de Hitalo e, durante a briga, ele se apoderou de uma faca e desferiu diversos golpes contra a esposa, que caiu ao solo. Em seguida, o acusado a enforcou até sua morte. O crime foi praticado na presença do filho do casal, um bebê de poucos meses de idade.

O MPAC sustenta que Hitalo agiu com intenção de matar (animus necandi) e por motivo torpe, tendo como base a torpeza e imoralidade de suas ações, que demonstram a depravação espiritual do agente. Destaca, ainda, que o réu confessou a prática do crime em sede policial, mas tentou lançar sobre a vítima a responsabilidade pelos seus atos “horrendos e homicidas”, sendo tais alegações fantasiosas e sem qualquer suposto probatório.

Dessa forma, o réu foi denunciado pelo MPAC por homicídio qualificado por feminicídio, recurso que dificultou a defesa da vítima, motivo torpe e pela condição de violência doméstica e familiar. Se condenado, o réu poderá receber uma pena de reclusão de até 30 anos, em regime inicial fechado.

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