sexta-feira, 26 julho 2024

Mais de 5 mil trabalhadores podem ser demitidos nos próximos dias em todo o Acre

Mais de 5 mil trabalhadores podem ser demitidos nos próximos dias em todo o Acre, após o bloqueio das atividades de 15 empresas que foram alvo da 3a fase da operação Ptolomeu, da Polícia Federal, que investiga suspeitas de corrupção no alto escalão do governo do Acre.

Essas empresas, que tiveram suas contas bloqueadas por ordem da Justiça, mantém contratos com o governo do Acre para o fornecimento de produtos, serviços, mão de obra especializada, ou execução de obras.

Um empresário que atua em uma dessas empresas e falou em condição de sigilo da fonte, alerta que “o bloqueio das contas vai causar o atraso no pagamento dos salários já nos próximos dias, e o próximo passo vai ser a demissão dos trabalhadores, porque daqui pra frente não sabemos o que vai acontecer”, explica.

O bloqueio das atividades das 15 empresas citadas na 3ª fase da Operação Ptolomeu partiu de uma decisão da ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, e foi cumprido através de mandados judiciais nesta quinta-feira (09) quando a operação foi deflagrada.

O empresário ouvido pelo Acre Jornal alerta ainda para o fato de que “isso pode causar uma verdadeira quebradeira na economia. Tem muita gente preocupada porque algumas dessas empresas já vinham em situação financeira difícil e agora estão mais perto da falência”, confidencia.

Outro aspecto preocupante, que também pode afetar negativamente a economia do estado e causar desemprego, principalmente na área da construão civil, é a paralisação de obras públicas importantes que vinham sendo executadas pelo estado.

Os dois órgãos públicos responsáveis pela execução dessas obras, Secretaria de Estado de Obras Públicas -SEOP, e Departamento de Estradas e Rodovias do Acre – DERACRE, tiveram os seus gestores afastados das funções públicas em decorrência da 3a fase da operaao Ptolomeu.

A decisão do STJ que autorizou a operação determinou o cumprimento de 89 mandados de busca e apreensão contra servidores públicos e empresas, e a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões em bens, por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo, supostamente adquiridos de forma ilícita.

 

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